Em meio à pandemia nós ouvíamos falar de consulta médica on-line e estranhamos, não é mesmo? Há muito tempo se estuda a telemedicina, uma alternativa na democratização da saúde no Brasil, pois possui diversos benefícios no atual panorama do país.
Vamos falar um pouco sobre as metodologias da telemedicina e como a legislação reconhece o atendimento on-line.
A medicina remota é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina e mundialmente pelo órgão ATA (American Telemedicine Association).
Na atual conjuntura, falamos da telemedicina como forma de maximizar o alcance de atendimento às pessoas de todas as regiões do país, visto que há visível desigualdade da distribuição de médicos.
A telemedicina é uma forma de disponibilizar acesso à saúde para regiões que não possuem médicos para atendimento ou consultas.
O que é Telemedicina?
Telemedicina vem da etimologia do grego “tele” que significa distância. É, em linhas gerais, o atendimento médico realizado on-line, por uso de aparelhos tecnológicos, envolvendo profissionais, pacientes e/ou instituições.
Em busca de reconhecer a telemedicina no Brasil, a RESOLUÇÃO CFM Nº 2.314, DE 20 DE ABRIL DE 2022 estabelece e regulamenta o acompanhamento médico remoto “como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação”, exercício da medicina mediado pela TDICs.
A definição exata está disposta no Art 1 da Resolução, “Definir a telemedicina como o exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.”
Com leis vigentes, as novas tecnologias da medicina propiciam a inovação de diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
Mas não é agora que se deu início a essa discussão, a telemedicina está sendo estudada desde a década de 50, em países como Israel, Estados Unidos e Canadá.
Hoje, é possível por conta dos equipamentos tecnológicos, atender pacientes de forma on-line, trocando informações mais rapidamente, em qualquer ambiente com wi-fi/internet.
No Siate nós oferecemos interconsulta médica que conta com inovação e eficiência no atendimento!
Quais são os modelos de Telemedicina?
No cenário atual, a medicina é composta por diversas modalidades de atendimento e acompanhamento médico, entre eles estão:
- Teleconsultoria: alternativa de interação entre profissionais da saúde para cuidado de casos clínicos por meio de exames laboratoriais, imagens, avaliações do paciente. É pautada em caso para caso e se encaixa na rotina dos hospitais em todos os níveis de complexidade;
- Teleconsulta: metodologia de atendimento via on-line, em que o médico e o paciente interagem por via remota, conectados pela internet, sem necessariamente a presença de outro médico. Na pandemia, esse modelo foi reconhecido como uma forma para diminuir a disseminação do vírus;
- Telediagnóstico: utilizado para realizar exames e resultados diagnósticos remotamente, como os serviços de radiologia realizados à distância;
- Teleducação: treinamentos e profissionalização remotos, assíncrona ou síncrona;
- Teleorientação: consiste na orientação de medidas básicas de saúde e bem-estar dos pacientes, bem como o encaminhamento, caso necessário.
Telemedicina no Brasil
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal de atenção à saúde é termos uma equivalência de 1 médico para cada 1 mil habitantes. Porém, o Brasil superou essa equação, com 2,11 médicos para cada mil habitantes. É uma profissão necessária para a manutenção da saúde pública e privada, porém, pouco distribuída geograficamente e economicamente.
O problema está na concentração de médicos na região sul e sudoeste, com déficit de profissionais em regiões do norte e nordeste. Segundo a projeção do CFM/Cremesp, em 2020 três Estados terão mais de três médicos por 1.000 habitantes: Distrito Federal (5,54), Rio de Janeiro (4,44), São Paulo (3,31), ao passo que “dezenove Estados ainda estarão abaixo da razão 2,5 médicos por 1.000 habitantes. Isso inclui todos os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, exceto Distrito Federal”, conforme apontou a pesquisa “Estudo de Projeção Concentração de Médicos no Brasil 2020”
Um estudo elaborado pela Democracia Médica no Brasil de 2020 analisa as variáveis de médicos de todo o país, confirmando a falta de políticas públicas para implementar mais médicos nas regiões do interior e periférica no país.
É fato que, a concentração de médicos nos centros urbanos contribui na escassez de médicos no interior e regiões afastadas. A pesquisa aponta que nas 27 capitais, a média é de 5,65 médicos por mil habitantes, ao passo que no interior esse valor é de 1,49.
Benefícios da Telemedicina
A metodologia de atendimento via Telemedicina tem diversas vantagens, como:
- Acessibilidade aos médicos de especialidades;
- Facilidade de troca de informações;
- Auxílio em atendimento de especialidades em locais sem acesso à saúde;
- Propicia humanização no atendimento;
- Disponibilidade de equipe médica em respostas rápidas para AVC e Infarto Agudo do Miocárdio para condução de casos críticos na emergência e UTI;
- Aumento de assertividade diagnóstica e terapêutica em determinadas condições clínicas;
- Redução de solicitações inadequadas de exames;
- Minimiza as condições de concentração de médicos nas capitais.
Ou seja, com a inteligência artificial, os estudos avançam na colaboração de novas técnicas e aprimoramento de Telemedicina, contribuindo com a informação e a saúde da população.
Atendimento de Telemedicina para Hospital no SIATE
O SIATE (Sistema Integrado de Atendimento em Telemedicina) oferece serviços aos hospitais, clínicas e UTI’s pela Telemedicina nas especialidades de Neurologia, Cardiologia, Dermatologia, Reumatologia, Alergologia, Nefrologia e Oncologia.
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RQE Nº: 51756
Dr. Bruno Gonzales Miniello
CRM: 145.455
RQE 89792